Se você alguma vez contemplou com deslumbramento uma noite estrelada ou se maravilhou com o milagre de uma flor silvestre, você já começou.
Todos estamos trilhando o caminho para Deus, mas alguns de nós vagamos numa corrente preguiçosa, enquanto outros se lançam ao seu destino como que guiados por uma bússola.
Há pessoas que espantam os mosquitos que lhes importunam quando meditam. Isso é um erro.
Aprofunde-se na meditação (dhyana) até transcender toda e qualquer necessidade ou impulso físico e mental.
Para que a meditação surta efeito deve haver uma prática regular, sem pressa ou preocupação.
Com essa pratica constante a pessoa se tornará tranqüila e o estado de meditação acontecerá com naturalidade.
Em verdadeira meditação o individuo logo supera a consciência de que está fazendo meditação.
Na verdade, cada momento de nossa vida deve ser um momento para meditação. Esta é a melhor maneira de se viver.
Quando varrer seu quarto diga para si mesmo que seu coração também precisa ser varrido.
Quando picar verduras sinta a luxúria e a ambição também devem ser picadas em pedaços.
Quando mais abrir a massa de “chapathis” (pão indiano) mais deseje, também, que seu amor se transforme em círculos cada vez mais amplos e que englobe até os que lhe são estranhos e os inimigos.
Quando se pratica uma meditação constante não pode haver uma única postura ou método recomendáveis.
Podemos meditar enquanto caminhamos, dirigimos nosso carro ou durante nossos momentos de tranqüilidade.
O estado subjetivo interior é o que importa e não as circunstâncias externas. Nossas necessidades interiores é que dita o ritmo e a maneira de se praticar a meditação.
Estando sentado em meditação é comum surgir a pergunta: quanto tempo?
Não há um tempo determinado. Na verdade, meditação é um processo para o dia todo.
Como podemos reconhecer nosso processo?
Um mineiro sabe se foi bem sucedido quanto acha o ouro; um corredor, quando cruza a linha de chegada.
Quem medita encontra a sua realização quando transforma seu caráter.
A meditação deve nos tornar capazes de praticar a verdade, o amor, a paz interna e a preocupação com tudo que é vivo.
Se a meditação não pode transformar a nossa vida, então é uma prática oca.
Se não tivermos a determinação para agir sobre o nosso intimo, desperdiçamos nosso tempo ao tentar ouvir o chamado.
Se não fizermos nossa obrigação, estaremos apenas representando para os outros e para nós mesmos.
De que adianta sentar-se para meditar se nada é alcançado?
Você ama mais, fala menos serve aos outros com mais determinação?
Estes são indícios de sucesso na meditação. Seu progresso deve ser autenticado pelo seu caráter e sua conduta.
A verdadeira meditação nos ajuda a descobrir a nossa identidade interior.
Tornamo-nos capazes de ouvir, em nosso coração, a voz divina, que ilumina o caminho a ser seguido.
Ela nos permite perceber e desenvolver qualidades divinas. O homem é divino.
Purificando-se pelo processo de meditação ele pode chegar à perfeição divina, imbuído de determinação e seguido com fé por indivíduos virtuosos.
Do Livro - Caminhos para Deus – Um guia de estudos dos ensinamentos de SRI SATHYA SAI BABA
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